Avanços para detectar lesões no cérebro do feto

O avanço da ciência nunca deixa de nos surpreender. Há alguns anos, o cérebro dos bebês era um grande mistério, mas hoje, graças ao trabalho de eminências como o Dr. Eduard Gratacós, chefe do Serviço de Medicina Materna e Fetal do Hospital Clínic de Barcelona, ​​sabemos cada vez mais.

Ele e sua equipe trabalham para que no futuro pode detectar como as lesões cerebrais se originam nos bebês e como curá-las ou minimizá-las.

Em 80% dos casos, as dificuldades cognitivas das crianças têm origem em alguns danos cerebrais sofridos enquanto o bebê ainda estava no útero da mãe.

A equipe Clínic, um hospital pioneiro em cirurgia fetal, ganhou uma importante concessão da British Brain Foundation para investigar por seis anos como detectar danos cerebrais precoces em bebês.

Como ele explica, essas lesões estão, em muitos casos, relacionadas à insuficiência placentária, que ocorre quando a placenta não é capaz de suprir adequadamente o bebê com os nutrientes e oxigênio necessários.

O cientista explica que "se o cérebro detecta a restrição redistribui seu sangue, envia mais para as áreas do cérebro relacionadas aos automatismos fisiológicos, como a respiração, e menos para outras áreas superiores relacionadas a tarefas e emoções cognitivas".

Ele diz que o cérebro de um bebê entre 6 meses e 2 anos é muito plástico, portanto poderia ser estimulado a corrigir as falhas que ocorreram no útero. No entanto, quando são crianças de 5 ou 6 anos, quando são geralmente detectados distúrbios como falta de memória, déficit de atenção ou problemas de adaptação, é mais difícil corrigi-los.

Estaremos assistindo às pesquisas da equipe sobre a formação e o funcionamento do cérebro do bebê, um campo sem dúvida empolgante que não é mais um mistério.