Um grupo de pesquisadores da Universidade de Iowa (Estados Unidos) acaba de publicar na edição digital da revista "Nature Genetics" os resultados de um estudo no qual eles mostram a primeira variante genética comum associada ao desenvolvimento do lábio leporino.
Essa descoberta é importante porque destaca um mecanismo de desenvolvimento desconhecido até o momento e subjacente à origem desse defeito de nascimento, que, como sabemos, se desenvolve quando os tecidos que formam o lábio superior ou o palato não estão adequadamente fechados.
E é que a fenda labial ou palatina, que geralmente ocorre em conjunto, ocorre em aproximadamente um em 700 nascimentos e é caracterizada por anormalidades faciais que podem dificultar a alimentação do bebê.
Os pesquisadores sabiam anteriormente que mutações no gene IRF6 estavam associadas a um distúrbio raro da fenda, embora a variante específica responsável pela fenda não tivesse sido determinada.
Agora os cientistas identificaram uma variante genética associada ao risco da forma mais comum de lábio leporino. Essa variante promove a expressão do IRF6 em embriões de modelos experimentais em locais onde as áreas faciais são fundidas e é ativada por outro produto genético que participa do desenvolvimento facial, o AP-2alpha.
Agora devemos saber se essa descoberta é importante para evitar casos de fissura labial, pois se a causa é genética, é determinada com antecedência.
Por enquanto, como sabemos, a partir de nossa gravidez, podemos ajudar o distúrbio a não ocorrer, ingerindo vitamina A e ácido fólico, sem tentar álcool e ingerir uma dieta equilibrada.