Nas clínicas privadas de Barcelona, ​​são praticadas duas vezes mais cesarianas do que nas públicas

A OMS estipula uma taxa aceitável de 15% de cesarianas, mas sabemos que na Espanha a realidade é maior que essa porcentagem e muito mais na saúde privada.

Especificamente, em Barcelona, ​​um 38% das mulheres deram à luz por cesariana em clínicas privadas, em comparação com 19% que deram à luz da mesma maneira em saúde pública. Exatamente o dobro.

Estes são os dados coletados por um estudo realizado entre 1994 e 2003, dirigido por Joaquín Salvador, médico da Agência de Saúde Pública de Barcelona.

De qualquer forma, ambas as porcentagens excedem o recomendado, mas é claro que em clínicas particulares é realizado um grande número de cesarianas desnecessárias com os riscos que isso implica para a mãe e o bebê.

A razão mais frequente pela qual são realizadas cesarianas que não são essenciais para salvar a vida do bebê são cesarianas por opção, seja pelo médico, por conveniência para organizar seus horários ou em caso de possíveis reivindicações legais, ou pelo mãe para controlar a data do parto ou por medo de dor no parto vaginal.

De acordo com o estudo, com o passar dos anos, as cesarianas estavam aumentando, uma tendência que pode ser revertida, graças à implementação da Estratégia de Assistência ao Parto Normal. Com o intuito de reduzir as altas porcentagens de cesarianas, seus protocolos visam minimizar o uso dessa prática, eliminando intervenções desnecessárias.

Para isso, profissionais e mulheres devem começar a tomar consciência dos riscos de cesarianas desnecessárias e a partir daí as coisas podem começar a mudar.