Doze anos após a publicação, o The Lancet se retrai e retira de seu arquivo público o controverso artigo que relacionava o autismo à vacinação.
Em 1998, a revista médica britânica publicou o resultado de uma investigação que vinculava a tríplice vacina viral (contra sarampo, caxumba e rubéola) à proliferação de casos de autismo em crianças.
Como resultado, houve uma grande mobilização dos pais que se recusaram a vacinar seus filhos, a espalhar os perigos dessa vacina e até a solicitar que ela fosse descontinuada. Como resultado, as vacinas caíram assustadoramente, especialmente em países como o Reino Unido e os Estados Unidos.
Enquanto pesquisas subsequentes refutaram a primeira versão e demonstraram que, apesar de ter removido compostos potencialmente perigosos das vacinas, o autismo continua a crescer, com a dúvida instalada, o dano já estava feito.
Em 2004, a revista já foi divulgada publicamente pela revista, mas é só agora que ele retira definitivamente o artigo por "conter falsidades" que põe em dúvida todo o processo de investigação.
Suspeita-se que tenha havido um grande conflito de interesses por trás. Enquanto isso, os feridos foram muitas crianças que contraíram doenças infecciosas que poderiam ter sido evitadas.
O positivo é que, apesar de formal, reconhecer que o artigo tem falsidades finalmente resolve qualquer dúvida sobre a relação do autismo com a vacina viral tripla e com qualquer outra vacina.