Criação sem flagelos: Comunicação positiva (I)

É comum a cena no parque em que uma criança de dois anos não quer deixar seus brinquedos para outra. Se você tirá-lo, pode ficar com raiva e deixar a agressividade ou chorar. Os pais muitas vezes não sabem como agir nessa situação, precisamos de idéias teóricas, mas também de técnicas para criar sem flagelos. E nos falta a capacidade de alcançar um comunicação positiva com o nosso filho

Por um lado, queremos ensinar nosso filho a compartilhar e ser gentil. Afinal, o parque cumpre uma função socializadora, na qual a criança aprenderá a interagir com outras crianças e a brincar com elas.

Por outro lado, não podemos evitar a empatia com nosso filho, se ele é o dono do objeto desejado ou se ele deseja pegá-lo e não entende a recusa do outro.

A pressão do ambiente indica que "devemos compartilhar", e qualquer reação que não seja de generosidade ou educação de nossos filhos cria uma sensação desagradável. Vamos educar bem o nosso filho?

Mas vamos começar com um fato óbvio: a maioria das crianças, mesmo se interessando pelas outras crianças, não está preparada para brincar de cooperativa até os três anos de idade e, mesmo assim, a ideia de desistir de seus brinquedos para outra, mesmo sem saber, Incomoda-os.

Estudos de caso

Vamos nos colocar no lugar dele, seja o que for que o ambiente diga. Seus brinquedos são o seu bem mais precioso, ou pelo menos são naquele momento. Não compartilharíamos nada com um estranho, muito menos nossa casa, nosso carro ou nossos brinquedos, como o computador ou telefone de última geração. De onde vem a idéia de que as crianças devem agir de maneira diferente?

Portanto, não sabemos como agir. A reação mais comum é forçar a criança a compartilhar o brinquedo. Podemos fazê-lo por meio da autoridade, ou de uma maneira mais sutil, descrevendo o comportamento deles como ruim ou egoísta, para que ceda a fim de atender às nossas expectativas e nos agradar.

Mas é claro, você pode ter uma birra. E quem não? Para alcançar um entendimento e, acima de tudo, ser capaz de negociar e entender os motivos de nosso filho, podemos usar uma técnica muito apropriada, aplicável a muitas outras situações potencialmente conflitantes. É sobre o comunicação não violenta, que se baseia em assertividade e empatia.

Não só valerá a pena agora, quando estivermos no parque com nosso filho de dois anos. À medida que cresce, será cada vez mais adequado, pois lançaremos as bases para uma forma de comunicação baseada no respeito às suas necessidades e emoções, no diálogo e na cooperação.

Nosso filho vai crescer. Você pode sentir ciúmes quando o irmão mais novo chegar e nos dominar com birras e gritos, perdendo a atenção exclusiva e tendo que nos ver esperando que as necessidades da criança sejam atendidas. Ele não poderá brincar conosco sempre que quiser, terá que colaborar e controlar os momentos de raiva do pequeno que quebra seus brinquedos ou está com fome, exatamente quando lhe dissemos que íamos brincar.

Nosso filho continuará a crescer. Ele irá para a escola e terá que ser capaz de nos ajudar a não nos atrasarmos a nos vestir e tomar o café da manhã às vezes, por demais medido para seus desejos.

E então continuará a crescer. Você terá que fazer tarefas não muito atraentes, porque na maioria das escolas as tarefas repetitivas de casa e as aulas de memória continuam sendo um método que não foi abandonado. Você vai querer passar a tarde viciada em jogos de computador ou sair à noite até tarde demais.

Comunicação positiva

Podemos manter a autoridade por imposição muito tempo? Temo que não. A maneira de construir uma família que dialoga é iniciar o diálogo desde tenra idade, mesmo quando eles ainda têm dificuldades para esse tipo de relacionamento. Com paciência, com cuidado, com total atenção. Sem punições, sem gritos, sem bochechas.

Vamos entender as razões de suas ações, que nascem de uma necessidade real; veremos no próximo tópico uma nova técnica, focada como uma ferramenta prática, para alcançar esse objetivo. comunicação positiva.