Baixos níveis de zinco e cobre podem estar associados ao aborto espontâneo

Não se sabe ao certo por que ocorre a perda de uma gravidez. Está relacionado a vários fatores, da genética ao estresse. Uma investigação aborda uma nova hipótese, garantindo que baixos níveis de zinco e cobre em mulheres grávidas podem estar associados ao aborto espontâneo.

Cientistas da Universidade de Granada estudaram os casos de 265 mulheres, das quais 132 sofreram aborto no último ano e as demais estavam grávidas.

Foi realizado um ultra-som, uma amostra de sangue foi analisada e um questionário foi respondido. Os resultados mostraram que foram encontradas diferenças nas concentrações plasmáticas maternas de cobre e zinco entre as que sofreram um aborto e as que permaneceram grávidas. Deficiência de um ou ambos os oligoelementos Foi relacionado à ocorrência de aborto espontâneo.

Outros dados interessantes que relacionam o aborto com drogas, tabaco e café também foram coletados. 81 por cento dos 132 participantes que não chegaram ao fim da gravidez usaram uma droga e 13,6 por cento foram expostos a medicamentos aconselhados por especialistas.

Além disso, um terço das mulheres que abortaram se declararam fumantes habituais e 16,6% consumiram café acima da dose recomendada.

Por outro lado, sabia-se que a maioria das gestações que terminaram em aborto (64%) havia sido planejada; no entanto, apenas 12% das mulheres grávidas haviam tomado suplementos de iodo e folato (ácido fólico) antes de procurar gravidez, substâncias que demonstraram diminuir a taxa de abortos e malformações.

O aborto espontâneo é a complicação mais frequente da gravidez e, embora ainda não saibamos por que ocorre, temos indicações de como tentar evitá-lo, dentre as quais a comida parece ter um papel importante.

O interessante do estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Granada é que, como eles mesmos dizem "Baixos níveis de zinco e cobre são distúrbios corrigíveis através de simples medidas farmacológicas na dieta".