Na Espanha, nascem cada vez menos crianças (e isso é muito preocupante)

Já no ano passado, alertamos sobre a grave crise demográfica na Espanha, onde pela primeira vez houve mais mortes do que nascimentos. E esse ano registra um histórico descendente recorde. O INE (Instituto Nacional de Estatística) publicou dados sobre a Movimento da População Natural correspondente a 2016 e os números são alarmantes novamente.

Em 2016 Nasceram 408.384 crianças, 11.906 a menos que em 2015 (2,8%) e 409.099 pessoas morreram. Ou seja, apenas 8,8 crianças nascem por mil habitantes. Ele baby boom espanhol Foi registrado em 2008, quando 519.779 bebês vieram ao mundo, mais de 20% a mais que no ano passado.

Uma situação alarmante

#MNP Em 2016, 408.384 crianças nasceram na Espanha, 2,8% a menos do que no ano anterior //t.co/cM9ewFlgqN #INEbirths pic.twitter.com/hTJZebId4R

- INE Espanha (@es_INE) 22 de junho de 2017

Pela segunda vez consecutiva, em 2016 um crescimento vegetativo negativo, o que indica que, como não há mudança geracional, o saldo demográfico está em perigo.

Desde os anos do pós-guerra, esses dados negativos sobre o nascimento não foram registrados como os que estão acontecendo hoje. É tremendamente preocupante e tudo parece indicar que a tendência continuará a aumentar.

O primeiro filho aos 32 anos

Outro registro é que a idade em que as mulheres são mães pela primeira vez atingiu a figura histórica de 32 anos. O ano anterior havia registrado em 31,9 e em 2014, 31,8. Ou seja, aumenta à taxa de um décimo por ano.

Por outro lado, as mulheres têm, em média 1,33 crianças, número idêntico ao de 2015. O menor foi registrado em 2013 com 1,27 crianças por

Menos mulheres em idade fértil

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O população de mulheres em idade fértil (entre 15 e 49 anos) também caiu para 10,6 milhões, uma tendência que se repete desde 2009. Um fato que se deve, segundo o INE, a esse intervalo são as gerações menos numerosas nascidas durante a crise de nascimento de década de 80 e primeira metade dos anos 90.

Por que os casais têm menos filhos?

Embora a maioria dos espanhóis tenha expressado que gostaria de ter mais filhos do que eles, a realidade significa que depois da primeira, mais e mais famílias decidem se plantar.

Os motivos são variados e dependem da situação pessoal do casal, mas, em geral, você pode falar sobre motivos como:

  • O falta de conciliação: a dificuldade de combinar vida profissional e familiar.

  • Instabilidade e insegurança no trabalho: Uma situação de emprego doentia retarda o jovem casal ao considerar iniciar uma família.

  • Atraso na Maternidade: as mulheres primeiro buscam um desempenho profissional e encontram um emprego estável, adiando o tempo para serem mães, reduzindo as chances de ter um número maior de filhos. Por esse motivo, a tendência do filho único continua aumentando.

  • Falta de ajuda: o corte nos subsídios por nascimento, bem como na ajuda à escolaridade e na licença materna insuficiente, colocam ainda mais pedras no caminho para os casais que querem ter filhos.